Moodboard
Além de um processo criativo bem estruturado, o design intencional demanda o uso de ferramentas que permitam melhorar a comunicação entre o cliente e a designer. É fundamental que eu tenha o melhor acesso possível às expectativas e aspirações do cliente com a marca que ele está criando, mesmo que ele não seja capaz de colocar isso em palavras.
Existe uma ferramenta que é muito útil para essa finalidade (não, não é a bola de cristal 😂) que é o moodboard.
O moodboard, painel semântico ou quadro de humor é uma ferramenta que pode ser utilizada em qualquer processo criativo. A finalidade dessa ferramenta é permitir que a comunicação vá além das palavras e use também imagens, cores, tipografias e demais elementos visuais. Isso permite que você se expresse de maneira mais completa, sem se limitar àquilo que o seu cérebro racional consegue colocar em palavras, e acessando também suas emoções e aquilo que você tem mais dificuldade pra verbalizar. Já ouviu que “uma imagem vale mais do que mil palavras”? Essa é a ideia.
"Design é inteligência em forma visual." - Saul Bass
Especificamente dentro do meu processo criativo, utilizo essa ferramenta para permitir que o cliente possa “clarear” e refinar as suas ideias sobre a marca, além de reduzir o ruído na comunicação entre ele e eu, e também para me inspirar com formas, cores e demais elementos visuais que podem ser selecionados para compor o projeto.
Essa é a principal finalidade de um moodboard: inspirar e comunicar de forma eficaz a direção criativa a ser seguida. Isso ajuda todas as partes envolvidas (em especial a designer e o cliente) a estarem na mesma página em relação ao estilo e à atmosfera desejados para o projeto.
Exemplo prático
Suponhamos que, durante o briefing, o cliente declare que deseja uma marca com os seguintes atributos: X, Y e Z.
A partir de uma pesquisa em bancos de imagens, da minha própria experiência e da pesquisa de marcas que também evocam esses atributos, crio um mosaico de elementos visuais que, quando reunidos, evocam a mensagem e a identidade desejadas. Esse mosaico nada mais é do que o moodboard.
Apresento o moodboard ao cliente, que vai ter a oportunidade de fazer uma reflexão crítica sobre aquele conjunto de imagens e, ao fim, se perguntar: foi isso mesmo que eu quis dizer? São mesmo esses os atributos que eu desejo para a minha marca?
O moodboard pode ser refinado e modificado para que haja um fit perfeito com as expectativas do cliente para o projeto. Nesse ponto, ele passa a ser um “guia” confiável para o desenvolvimento da identidade visual.
Um processo de design intencional precisa levar em conta algumas premissas, e uma das mais importantes é: marcas são feitas para inspirar sentimentos, os quais muitas vezes não conseguimos expressar em palavras. Nesse momento, cabe ao designer saber usar as ferramentas necessárias para permitir uma comunicação clara que vá além das palavras e da racionalidade, e consiga acessar as emoções e o inefável.
O moodboard é uma das minhas ferramentas preferidas por causa disso. 🖤
Você já conhecia essa ferramenta? Faz sentido usá-la no desenvolvimento da sua identidade visual? Se quiser contar comigo para trazer ao mundo uma identidade visual incrível para o seu negócio, clique aqui e entre em contato! Espero você!
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